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TARIFAÇO COMEÇA HOJE E ESCANCARA ISOLAMENTO DIPLOMÁTICO DO GOVERNO LULA

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Começa oficialmente nesta quarta-feira (6) a cobrança do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, sem que houvesse qualquer avanço no diálogo entre os presidentes dos dois países. A tão aguardada conversa entre Lula e Donald Trump, que poderia ao menos mitigar os impactos imediatos da medida, simplesmente não ocorreu. E não por falta de interesse do presidente brasileiro, mas por uma clara sinalização de isolamento por parte do líder americano — frustrando, mais uma vez, o chefe do Palácio do Planalto.

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Sem apresentar um plano concreto de reação, Lula recorreu à retórica e à justificativa. Em entrevista à imprensa, afirmou que não pretende telefonar a Trump para tratar de tarifas comerciais, mas sim para convidá-lo à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP), que será realizada pela primeira vez na Amazônia, em novembro. A resposta gerou desconforto entre o empresariado brasileiro, que esperava uma postura mais firme e pragmática por parte do governo frente ao maior impacto econômico internacional dos últimos anos.

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A reação do presidente foi marcada por discursos emocionalizados e pouco efetivos. Lula declarou: “A única coisa que eu quero é ser tratado com respeito. Esse país merece respeito, e o presidente norte-americano não tinha o direito de anunciar as taxações da forma como fez.” A retórica nacionalista, embora tenha algum apelo político, pareceu insuficiente diante da crise real e objetiva enfrentada pelas empresas brasileiras que dependem da exportação para o mercado norte-americano.

Em vez de apresentar uma estratégia diplomática ou comercial robusta, o governo optou por minimizar a gravidade do problema. “Tratar do tarifaço é mais fácil do que combater a fome”, disse Lula, ignorando o fato de que ambos os temas são urgentes e exigem respostas concretas e simultâneas. A pergunta que permanece é: quais medidas o governo irá tomar para devolver a confiança ao empresariado nacional e proteger o setor produtivo diante de um cenário internacional cada vez mais hostil? Até o momento, a ausência de um plano claro e a insistência em discursos políticos parecem indicar que essa resposta ainda está longe de chegar.

Por: João Bosco

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