FIEMG CRITICA MEDIDAS DO PLANO BRASIL SOBERANO E COBRA SOLUÇÃO DIPLOMÁTICA CONTRA TARIFAS DOS EUA
- jbcomunicacoes100
- 15 de ago.
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A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) afirmou que as medidas propostas pelo governo no Plano Brasil Soberano não são suficientes para resolver os problemas das empresas exportadoras para os Estados Unidos, afetadas pelo aumento de tarifas imposto por Donald Trump. O pacote de ações, enviado ao Congresso na quarta-feira (14/08) por meio de uma Medida Provisória, inclui incentivos fiscais e linhas de crédito, mas, segundo a entidade, não aborda as causas estruturais do impasse. Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, destacou que, embora as iniciativas possam aliviar momentaneamente o impacto, é essencial uma solução diplomática de longo prazo para garantir a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional.

De acordo com Roscoe, as medidas governamentais podem oferecer um alívio temporário, mas não substituem a necessidade de uma estratégia mais ampla. “As ações propostas podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema. É urgente que o Brasil mantenha negociações firmes e produtivas com o governo norte-americano, buscando reverter as tarifas e resguardar uma relação estratégica”, afirmou. O presidente da FIEMG alertou ainda que, sem agilidade na implementação e transparência nas regras, os recursos e incentivos podem acabar se tornando apenas promessas no papel, sem efeitos práticos para o setor industrial.

O chamado ‘tarifaço’ de Trump tem pressionado setores estratégicos da economia mineira, como o de aço, automotivo e commodities agrícolas, que dependem fortemente das exportações para os EUA. A FIEMG reforça que, além das medidas emergenciais, o governo federal deve priorizar acordos comerciais e políticas industriais que reduzam a dependência de um único mercado. A entidade também defende maior diálogo com outras nações para diversificar os destinos das exportações brasileiras, minimizando os riscos de medidas protecionistas unilaterais, como as adotadas pela administração Trump.

Diante desse cenário, a FIEMG cobra uma atuação mais assertiva do Itamaraty e do Ministério da Economia para proteger os interesses das indústrias brasileiras. Roscoe enfatizou que, sem uma resposta coordenada e eficiente, o Brasil corre o risco de perder espaço no mercado internacional, com reflexos negativos no emprego e no crescimento econômico. “Precisamos de ações imediatas, mas também de um planejamento estratégico que garanta a sustentabilidade das nossas exportações no longo prazo”, concluiu. A federação sinalizou que continuará monitorando as negociações e pressionando por soluções que beneficiem o setor produtivo mineiro e nacional.
Por: João Bosco
Foto: Sebastião Jacinto Júnior/Fiemg/Divulgação










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