VARGINHA INICIA VACINAÇÃO DE GESTANTES CONTRA A BRONQUIOLITE

A Prefeitura de Varginha deu início, nesta quinta-feira, à vacinação de gestantes contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente causador da bronquiolite. A ação preventiva torna-se possível após o recebimento das primeiras doses pela Secretaria Municipal de Saúde, que imediatamente organizou a logística para disponibilizar o imunizante. A campanha visa proteger os recém-nascidos nos primeiros e mais críticos meses de vida, período de maior vulnerabilidade a infecções respiratórias graves.

A vacina é indicada para gestantes a partir de 28 semanas (seis meses) de gravidez, sem um limite máximo de idade gestacional para sua aplicação. Conforme explica a coordenadora municipal de Imunização, a enfermeira Luana Pereira, a estratégia de vacinar a mãe durante a gestação é fundamental: "O organismo dela produz anticorpos específicos contra o VSR, que são transferidos para o bebê pela placenta, oferecendo-lhe proteção passiva ao nascer", detalha. Essa proteção é crucial, já que o vírus pode causar desde quadros leves até hospitalizações por insuficiência respiratória em lactentes.

A partir desta sexta-feira (11), o imunizante estará disponível em todas as salas de vacinação da rede pública do município, garantindo amplo acesso ao público-alvo. "Nosso objetivo é proteger as futuras gerações desde o ventre materno, assegurando um começo de vida mais saudável para nossas crianças", afirma o prefeito Leonardo Ciacci. A vacina é ofertada de forma gratuita, segura e eficaz, integrando o calendário vacinal da gestante no Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa se baseia em evidências científicas e nas diretrizes do Ministério da Saúde, que alerta para a rapidez com que a bronquiolite pode evoluir para um quadro grave em bebês, exigindo atendimento médico imediato. Sintomas como dificuldade respiratória, chiado no peito, sonolência excessiva e lábios arroxeados (cianose) são sinais de alarme. Ao optar pela vacinação, a gestante não cuida apenas da própria saúde, mas assume um ato de cuidado primordial com o filho que está por vir, construindo uma barreira imunológica antes mesmo do primeiro suspiro.

Por: João Bosco