STF ENFRENTA RECORDE DE PEDIDOS DE IMPEACHMENT NO SENADO

O Senado Federal acumula atualmente 70 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com oito dos onze integrantes da Corte sendo alvos dessas ações. O ministro Alexandre de Moraes lidera o ranking, com 29 pedidos protocolados, o que representa 41% do total. Em segundo lugar aparece o ministro Luiz Roberto Barroso, com 19 pedidos. Os únicos ministros que não figuram na lista são Nunes Marques, Cristiano Zanin e André Mendonça.

O cenário atual representa um crescimento significativo em comparação com períodos anteriores. Durante o primeiro mandato do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), todas as ações contra ministros do STF foram arquivadas. No entanto, desde então, os pedidos de impeachment se multiplicaram. Entre 2023 e 2024, foram protocolados 12 pedidos, número que já foi igualado apenas em 2025, demonstrando uma escalada nas tentativas de responsabilização judicial de membros da Corte.

Todos os pedidos estão atualmente retidos na presidência do Senado, sem qualquer manifestação oficial sobre seu andamento. A inação tem gerado expectativa entre parlamentares, especialmente entre deputados e senadores que defendem a abertura de processos contra os ministros. A falta de posicionamento alimenta debates sobre o papel do Congresso no controle de atuação do Judiciário e a judicialização de conflitos políticos.

A crescente judicialização da política e os repetidos pedidos de impeachment contra ministros do STF refletem a tensão entre os Poderes. Enquanto defensores das ações argumentam que buscam combater supostos abusos de autoridade, críticos veem nesses movimentos uma tentativa de enfraquecer a independência do Judiciário. O impasse sobre o destino desses pedidos pode se prolongar, mas o aumento no volume de requerimentos indica que o tema continuará em pauta, pressionando tanto o Senado quanto o STF nos próximos meses.

Por: João Bosco