SETOR DE PESCADO BRASILEIRO JÁ SENTE OS IMPACTOS DA TAXAÇÃO IMPOSTA POR DONALD TRUMP
- jbcomunicacoes100
- 12 de jul.
- 2 min de leitura

A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados ao país norte-americano, começa a causar impactos imediatos em setores-chave da economia brasileira. Um dos segmentos mais afetados é o de pescado, que tem nos EUA seu principal mercado consumidor. Com o anúncio da taxação previsto para entrar em vigor a partir de 1º de agosto, empresas americanas iniciaram o cancelamento de contratos, forçando o retorno de dezenas de contêineres ao Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca), até o momento, 58 contêineres já retornaram ao país após os importadores cancelarem seus pedidos. Cada navio que transporta esse tipo de carga leva, em média, 25 dias para cruzar o Atlântico até os Estados Unidos, o que inviabiliza o cumprimento dos prazos diante do aumento abrupto da tarifa. Atualmente, cerca de 70% de toda a exportação brasileira de pescado tem como destino o mercado norte-americano, o que torna a medida um golpe severo para o setor.
A diretora da Abipesca, Aniella Banat, destacou o clima de incerteza e insegurança jurídica instalado desde o anúncio. “Nem mesmo os importadores americanos têm uma informação completa sobre quando será exatamente o início da vigência da tarifa. Muitos contratos foram cancelados preventivamente. Não temos uma rota alternativa de escoamento para essa produção a curto prazo. Toda a cadeia produtiva está apreensiva, desde os pescadores até os distribuidores”, afirmou Banat.
Além dos prejuízos econômicos imediatos, a situação pode gerar efeitos colaterais duradouros. A interrupção repentina nos embarques compromete a confiança comercial entre empresas brasileiras e americanas, além de provocar um possível colapso na estocagem, aumento de desperdício de alimentos perecíveis e perda de competitividade global do setor. O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre medidas de mitigação para os exportadores afetados, o que aumenta o grau de incerteza em relação ao futuro das relações comerciais entre os dois países.
Por: João Bosco










Comentários