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ORGULHO NACIONAL OU ISOLAMENTO ECONÔMICO? EMPRESÁRIOS CRITICAM CONDUÇÃO DE LULA NA CRISE COM OS EUA

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Após a postura de enfrentamento adotada pelo presidente da República, os empresários brasileiros demonstram crescente pessimismo diante do "tarifaço" anunciado pelos Estados Unidos, que deve entrar em vigor nesta próxima sexta-feira (1º). Os setores mais afetados serão, sem dúvida, o agronegócio e a indústria, pilares fundamentais da economia nacional.


A insatisfação do setor empresarial é evidente. Muitos apontam o próprio presidente Lula como o principal responsável pelo impasse. No momento crucial para evitar danos econômicos, o chefe do Executivo preferiu o tom desafiador a uma diplomacia estratégica. Em declarações públicas, Lula assumiu uma retórica populista, dizendo que "chegou a hora do Brasil mostrar a sua cara", como se a soberania nacional fosse suficiente para conter os impactos de medidas unilaterais de uma das maiores potências econômicas do mundo.


Esse discurso, embora apele ao orgulho nacional, soa, para muitos analistas e empresários, como uma jogada arriscada e até imprudente. Em vez de buscar diálogo com o governo norte-americano, especialmente com Donald Trump — um interlocutor notoriamente imprevisível —, Lula optou por discursos inflamados em rede nacional, o que acabou azedando ainda mais as relações diplomáticas. A esperança agora, ainda que remota, recai sobre a pressão que empresas norte-americanas possam exercer internamente para evitar o prejuízo que também sofrerão ao perder acesso facilitado aos produtos brasileiros.


No entanto, o cenário é preocupante. Os Estados Unidos não veem o Brasil como prioridade no momento, e qualquer tentativa de renegociação parece tardia. Os empresários brasileiros, por sua vez, rejeitam paliativos, como créditos facilitados ou pacotes de compensação. O que desejam é uma solução efetiva, que preserve a competitividade internacional e evite que os prejuízos se transformem em uma crise maior. Diante disso, a condução do presidente Lula, marcada por orgulho retórico e pouca eficácia prática, começa a ser vista como um dos principais entraves à estabilidade comercial do país.

Por: João Bosco

Foto: White House

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