Operação Rejeito: Investigações Abordam Relacionamentos Políticos de Rodrigo Pacheco

As investigações da Operação Rejeito, conduzidas pela Polícia Federal, trouxeram à tona a atuação do operador financeiro Felipe Lombardi, que exerceu funções no gabinete do senador Rodrigo Pacheco. Os desdobramentos do caso também evidenciam um relacionamento político anterior entre o senador e o ex-deputado João Alberto Lages, incluindo um apoio financeiro formalizado perante a Justiça Eleitoral.

De acordo com documentos e mensagens apreendidas pela Polícia Federal, o nome do ex-deputado João Alberto Lages foi identificado no contexto de movimentações financeiras ligadas ao setor de mineração em Minas Gerais. Esses registros abrangem o período entre junho do ano passado e janeiro do ano corrente, detalhando operações que estão sob escrutínio das autoridades.

A investigação localizou um documento manuscrito citando Pacheco no celular do delegado federal Rodrigo Teixeira, preso em 17 de setembro. A PF ressalta que o material, por si só, não configura juízo de valor sobre eventual envolvimento do parlamentar. Por meio de sua assessoria, Pacheco afirmou manter "relação de amizade" com Lages.

O vínculo público entre o senador Pacheco e Lages foi estabelecido em 2014, durante o processo eleitoral. Conforme registros oficiais, Pacheco, então candidato a deputado federal, declarou doação de R$ 60 mil à campanha de Lages, que concorria a um cargo na Assembleia Legislativa. Esse apoio financeiro integra o conjunto de fatos agora analisado no âmbito das investigações em curso.

Em meio a esses desenvolvimentos, o senador Rodrigo Pacheco é citado entre os nomes com potencial para compor o Supremo Tribunal Federal, sendo apoiado publicamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Através de sua assessoria, o parlamentar afirmou que seu escritório de advocacia prestou serviços à empresa Global Mineração exclusivamente na esfera criminal, entre 2020 e 2024, ressaltando a legalidade de todos os serviços prestados.