Operação no Rio de Janeiro deixa 132 mortos após confrontos em comunidades

Na manhã desta quarta-feira (29), 72 corpos foram localizados em áreas de mata como resultado da megaoperação realizada pelo governo do estado do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha. Os trabalhos, que envolveram 26 comunidades, mobilizam agora a remoção dos corpos para a Praça São Lucas, onde parentes podem proceder ao reconhecimento. Para facilitar a identificação, as vítimas estão sem camisas — muitos corpos encontram-se desfigurados, sendo possível o reconhecimento por meio de tatuagens, marcas de nascença ou outras características físicas. Ressalta-se que, devido ao forte impacto das imagens, optou-se por não divulgá-las em respeito aos nossos leitores.

O número de mortos, que inicialmente era de 60, subiu para 132, além de quatro policiais atingidos na tarde de terça-feira (28). A atualização reflete a continuidade dos trabalhos de busca e o aprofundamento da ação nos territórios afetados. A Polícia Civil informou que o reconhecimento oficial está sendo realizado no prédio do DETRAN, localizado ao lado do IML, no centro do Rio, a partir das 8h desta quarta-feira. O local foi estruturado para receber familiares e agilizar os trâmites de identificação.

Enquanto isso, moradores da região se mobilizaram ainda durante a madrugada para tentar resgatar os corpos na mata do Complexo da Penha. Familiares chegam a todo momento aos pontos de apoio, em busca de informações e prestação de assistência. A operação, considerada uma das maiores dos últimos anos, segue em andamento, com reforço de efetivos e apoio logístico para atendimento às famílias e conclusão dos procedimentos de identificação.

Por: João Bosco