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MAIS DEPUTADOS, MENOS SINTONIA COM O POVO. QUEM VAI PAGAR A CONTA?

Mesmo sob a resistência da opinião pública, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram, na noite desta quarta-feira (25), o projeto que eleva de 513 para 531 o número de deputados federais. A proposta, envolta em controvérsias e questionamentos, segue agora para sanção presidencial. Em tempos de descrédito nas instituições e de apelos por austeridade, a ampliação do número de parlamentares parece caminhar na contramão do que a sociedade clama.


A relatoria da proposta na Câmara ficou a cargo do deputado Damião Feliciano (União-PB), enquanto no Senado a função coube ao senador Marcelo Castro (MDB-PI). Embora o impacto financeiro estimado seja de R$ 64,6 milhões, o senador Alessandro Vieira (MDB-PE) apresentou uma emenda, acolhida por Castro, que visa conter os gastos: ela proíbe qualquer aumento de despesas, como verbas de gabinete, cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio-moradia. Mesmo assim, a inquietação persiste — não apenas pelos números, mas pelo simbolismo do gesto.


O Brasil atravessa um momento delicado, em que grande parte da população sente-se distante das decisões tomadas em Brasília. Medidas como essa, ainda que revestidas de argumentos técnicos ou constitucionais, soam como surdas à voz das ruas. A ampliação do Parlamento poderia representar inclusão e representatividade — mas, sem diálogo com o povo, corre o risco de ser apenas mais um eco do distanciamento entre eleitos e eleitores. No fim, o que está em jogo vai além de cadeiras: é a confiança na democracia representativa.

Pelo projeto, veja a distribuição dos novos cargos:

Pará (4)

Sta. Catarina (4)

Amazonas (2)

Mato Grosso (2)

Rio Grande do Norte (2)

Paraná (1)

Ceará (1)

Goiás (1)

Minas Gerais (1)

Por: João Bosco


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