LICENCIAMENTO DE TERRAS RARAS EM MINAS GERAIS GERA ALERTA AMBIENTAL
- jbcomunicacoes100
- 27 de nov.
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A Federação Estadual de Meio Ambiente (Feam), atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) - também encaminhada ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) -, alerta sobre a necessidade de análises mais aprofundadas a respeito da exploração de terras raras no estado. O licenciamento, que deveria ter sido concedido na votação de outubro, foi suspenso após pedido de vistas por parte de conselheiros do Copam, com uma nova votação agendada para a próxima sexta-feira (28).

Dois projetos de mineração estão na pauta da decisão: o projeto Colossus, da empresa Viridis, em Poços de Caldas, e o projeto Caldeira, da mineradora Meteoric, em Caldas. Ambos os empreendimentos preveem a movimentação e o processamento químico de até 5 milhões de toneladas de argila anualmente, utilizando a técnica de lixiviação ácida, método que levanta sérias preocupações ambientais devido ao uso de substâncias químicas potencialmente contaminantes.

O MPF enfatiza a importância de rigorosas medidas de precaução, alertando que os danos ambientais poderiam ser irreversíveis e irreparáveis, especialmente considerando que o conhecimento sobre os impactos de longo prazo dessa atividade ainda é limitado. Técnicos ambientais destacam que a lixiviação ácida pode contaminar lençóis freáticos e solos, afetando ecossistemas e comunidades por gerações.

A decisão do Copam representa um marco crucial no debate entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. De um lado, argumenta-se sobre os benefícios econômicos e a importância estratégica das terras raras; de outro, especialistas defendem que os riscos ambientais exigem uma avaliação mais cautelosa. O resultado desta votação estabelecerá um precedente significativo para o futuro da mineração de recursos estratégicos no país.
Por: João Bosco
Foto: Meteoric Resource










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