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"Impacto e Desconfiança: Volume de Atestados Médicos Desafia Empresas e Leva a Busca por Regras"

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A frequente apresentação de atestados médicos é um grande desafio operacional para bares e restaurantes, gerando também crescente desconfiança entre os empresários quanto à legitimidade dos documentos. Uma pesquisa da Abrasel revela que 29% dos estabelecimentos recebem pelo menos um ou dois atestados por semana, causando interrupções significativas nas operações diárias, mesmo que a maioria dos afastamentos seja de curta duração.

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Em Varginha (MG), o líder empresarial André Yuki levou a preocupação ao prefeito, argumentando que o uso indiscriminado de atestados sobrecarrega as unidades de saúde e prejudica a produtividade. Ele citou exemplos de outras cidades que implementaram legislação específica para modernizar e controlar a emissão, com resultados positivos, e aguarda uma proposta similar para o município, já que o problema afeta também os setores de varejo e indústria.

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O clima de suspeita é generalizado, com 82% dos empresários relatando já ter desconfiado da autenticidade de algum atestado. A alta rotatividade e a dificuldade de repor funcionários rapidamente amplificam o impacto de qualquer ausência. Segundo a Abrasel, 94% dos empresários afirmam que os atestados recorrentes comprometem diretamente a operação, sobrecarregando as equipes remanescentes.

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Para combater o problema, os empresários adotam medidas de verificação, como checar o registro do médico no CRM (59%) ou contactar a unidade de saúde emissora (31%). Em casos de irregularidade comprovada, as punições são rigorosas: 43% das empresas recorrem à demissão por justa causa, e 27% aplicam advertências formais por escrito.

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Enquanto rumores sobre uma plataforma digital nacional do CFM são desmentidos, iniciativas municipais buscam soluções práticas. Em Uberlândia (MG), a prefeitura restringe atestados a casos moderados/graves, e em Foz do Iguaçu (PR), uma campanha nas UPAs visa organizar a emissão e proteger os médicos de agressões. Especialistas veem nessas ações um caminho equilibrado para combater emissões irregulares na origem, sem prejudicar o acesso legítimo à saúde.

Por: João Bosco

Fonte: Ana Luísa Alves

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