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Hugo Motta e Davi Alcolumbre lideram ranking de rejeição entre políticos brasileiros

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Segundo um levantamento do Grupo Atlas Intel, realizado entre 15 e 19 de outubro com 14.063 entrevistados, os políticos mais rejeitados atualmente no Brasil são, em sua maioria, ocupantes de cargos nacionais. A pesquisa revela que o presidente da Câmara, Hugo Motta, lidera o ranking com expressivos 83% de rejeição, seguido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com 68%. O ex-governador do Ceará e perene candidato à presidência, Ciro Gomes, aparece em terceiro lugar, com 62% de rejeição.

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Na sequência, figuram o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira, ambos com 54% de rejeição. Janja Lula da Silva e Michelle Bolsonaro compartilham a mesma taxa de 53%, percentual idêntico ao do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, registra 51%, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suas ministras, Simone Tebet e Marina Silva, aparecem com 49%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem 50%, e o governador do Paraná, Ratinho Jr., fecha a lista com 48%.

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Contudo, a metodologia aplicada à avaliação de governadores estaduais merece uma análise crítica. É questionável a relevância de um cidadão do Rio Grande do Sul manifestar rejeição ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, uma vez que a atuação de um chefe do Executivo estadual é, por natureza, regional. Pesquisas locais, como as realizadas pelo instituto Quaest, atestam que Zema possui 64% de aprovação em Minas Gerais, Tarcísio de Freitas mantém índices similares em São Paulo e Ratinho Jr. conta com 84% de apoio no Paraná.

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Portanto, a pesquisa ganharia em precisão conceitual se focasse sua aferição em figuras de projeção e impacto nacional, como deputados, senadores, ex-presidentes, ministros de Estado e os presidentes da Câmara e do Senado. Estes, sim, exercem influência direta em todo o território nacional, tornando sua avaliação por eleitores de qualquer unidade da federação pertinente. A rejeição a um governador por um eleitor de outro estado tende a ser um indicador abstrato, muitas vezes desconectado da realidade administrativa local.

Por: João Bosco

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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