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Governadores de Direita Formam Frente Unida no RJ em Apoio a Castro e Contra o Governo Federal

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Na tarde desta quinta-feira, o Rio de Janeiro será palco de um significativo ato de solidariedade política, com a presença confirmada de um grupo de governadores de orientação direitista. Líderes como Romeu Zema (Minas Gerais), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Ratinho Jr. (Paraná), Jorginho Mello (Santa Catarina), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Celina Leão (vice-governadora do Distrito Federal) reúnem-se no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do anfitrião Cláudio Castro. O encontro, marcado para o final do dia, simboliza uma frente unida de chefes do executivo estadual em um momento de crescente tensão sobre as políticas de segurança pública no país.

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O governador mineiro, Romeu Zema, já adiantou o tom crítico que deve permear o encontro, atribuindo ao governo federal uma parcela de responsabilidade pelo fortalecimento do crime organizado. Em suas declarações, Zema afirmou que, durante os governos do PT, as facções criminosas só ganharam espaço no Brasil. Ele complementou, direcionando suas críticas à atual gestão: "Me parece que nós governadores temos carregado um ônus da ineficiência do governo federal, que não faz essa vigilância adequadamente. E, quando é convocado a participar de uma operação de combate ao crime organizado, se nega a mandar ajuda". Tal posicionamento evidencia um alinhamento discursivo que busca cobrar maior atuação e apoio da União.

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O contexto imediato para este encontro é a recente ofensiva contra o Comando Vermelho no Rio, que ganhou contornos políticos ainda mais acentuados após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A fala presidencial de que "traficantes são vítimas dos usuários" foi interpretada pelos governadores presentes como uma desculpabilização da criminalidade, servindo de estopim para a reunião de hoje. Paralelamente, a população e especialistas em segurança têm manifestado forte descontentamento com as colocações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, vistas por muitos como brandas ou desconectadas da realidade da violência. Nesse cenário, a ação de Cláudio Castro é amplamente defendida publicamente, com o argumento de que "pobre não anda de fuzil até os dentes protegendo traficante", uma frase que viralizou e sintetiza a rejeição a narrativas que possam romantizar a figura do criminoso.

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Este acontecimento transcende uma mera reunião de cortesia, consolidando-se como um movimento político de peso. A convergência de tantos governadores de estados economicamente estratégicos envia uma mensagem clara de que há uma visão estadual sobre segurança pública que diverge da abordagem federal. O ato reforça a tese de que a questão da segurança se tornou um dos principais campos de disputa ideológica e gerencial no Brasil, com os estados demandando autonomia e criticando o que enxergam como um vácuo de liderança por parte do Palácio do Planalto. O desfecho desse embate terá impactos profundos na coordenação das políticas de combate ao crime organizado em todo o território nacional.

Por: João Bosco

Foto: Fernando Brasil/Agência Brasil



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