"FRAUDE NO INSS EXPÕE OMISSÃO DO GOVERNO E TENTATIVA DE ENCOBRIR CULPADOS"

As vítimas da fraude no INSS seguem no prejuízo, à espera de uma solução que parece cada vez mais distante. Enquanto milhares de brasileiros enfrentam dificuldades para reaver valores indevidamente descontados de seus benefícios, o governo federal permanece inerte e evita assumir qualquer responsabilidade direta pelo escândalo. Em vez de agir com transparência e celeridade, o Executivo adota uma postura de negação e transferência de culpa.

O governo tenta empurrar a responsabilidade para associações e entidades de representação de aposentados, mas evita citar nomes de figuras influentes, como o de Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula, e outros envolvidos politicamente. Essa seletividade nas acusações evidencia uma tentativa de blindagem institucional e pessoal, levantando suspeitas sobre a real profundidade do envolvimento de setores governamentais na origem ou na omissão diante das fraudes.

Para agravar a situação, o próprio governo solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional — medida que visa investigar não apenas os autores diretos da fraude, mas também a possível conivência de órgãos públicos. Essa manobra demonstra um claro desinteresse pela apuração dos fatos e reforça a impressão de que a prioridade do governo é proteger sua imagem, mesmo às custas do sofrimento dos aposentados lesados. Em tempos em que a ética e a responsabilidade pública deveriam ser inegociáveis, o silêncio do governo soa como cumplicidade.

Por: João Bosco