EUA INTENSIFICAM PRESSÃO SOBRE MADURO COM VOOS DE CAÇAS E AMEAÇAS MILITARES DIRETAS

Caças norte-americanos foram identificados pelo serviço de rastreamento Flight Radar sobrevoando uma região próxima a Caracas, capital da Venezuela. Pelo menos cinco aeronaves de combate da Marinha dos Estados Unidos foram registradas na tarde desta quinta-feira (18). O movimento incomum gerou imediata apreensão, dada a histórica tensão diplomática e as recentes ameaças entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.

As primeiras identificações ocorreram por volta das 15h30, quando dois caças surgiram no monitoramento, descrevendo trajetórias circulares na área. Poucos minutos depois, outros três caças, também pertencentes à Marinha dos EUA, iniciaram voos em setores mais afastados. Todas as aeronaves desapareceram do rastreamento às 20h55 (horário de Brasília), sem que autoridades de qualquer um dos lados tenham se pronunciado oficialmente sobre a natureza da operação. Especialistas especulam que poderia tratar-se de um exercício de reconhecimento ou uma demonstração de força.

O episódio aéreo ocorre no contexto das declarações contundentes do presidente americano, Donald Trump, que, ainda nesta semana, afirmou que "os dias de Nicolás Maduro estão contados". Em entrevista a jornalistas, Trump chegou a declarar que não se importaria em dispensar o aviso prévio ao Congresso sobre eventuais ações militares já planejadas contra a Venezuela, justificando que seu principal receio seria o vazamento de informações estratégicas. Tais pronunciamentos acentuam o clima de crise e a possibilidade de uma intervenção.

Paralelamente à tensão militar, a crise humanitária dentro e nas fronteiras da Venezuela continua a se agravar. Por mar, uma nova embarcação com migrantes que deixava o país foi atingida, resultando em quatro mortes. Este incidente eleva para 95 o número total de vidas perdidas em naufrágios envolvendo pelo menos 25 barcos nos últimos meses. Segundo o governo norte-americano, os barcos abatidos, todos eles continham drogas que seriam levadas para território americano. Desta vez, o sanguinário Maduro, encontrou o que muitos duvidavam.

Por: João Bosco

Foto: Redes Sociais/Divulgação