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Derrota no Congresso abre rombo de R$ 17 bi e força governo a buscar plano B para 2026

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Com a derrubada da Medida Provisória alternativa ao IOF, o governo se vê obrigado a buscar novas alternativas para tentar repor o volume de recursos que seria essencial para o equilíbrio das contas do Executivo até 2026. A MP era considerada peça-chave no planejamento fiscal, e sua rejeição cria um vazio orçamentário que exigirá soluções rápidas e viáveis politicamente. Nesse contexto, a equipe econômica terá de rever projeções e negociar com o Congresso uma saída que não comprometa as metas fiscais assumidas pelo governo.

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A Medida Provisória 1.303/2025, que perdia sua validade ao final do dia, acabou caducando após a retirada de pauta. O placar de 251 votos a 193 representou mais uma expressiva derrota para o governo no Legislativo, com impacto financeiro imediato: a não arrecadação de aproximadamente R$ 17 bilhões. Esse resultado reflete a dificuldade do Executivo em consolidar uma base de apoio estável, especialmente em votações de caráter fiscal e econômico, onde a convergência de interesses é mais complexa.

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A articulação que resultou na rejeição da MP foi liderada pela bancada ruralista e pelo Centrão, dois atores fundamentais no jogo de forças do Congresso. Esse episódio evidencia, mais uma vez, que o governo não detém a soberania absoluta sobre o processo legislativo, dependendo de negociações e concessões para avançar sua agenda. A demonstração de força desses grupos deixa claro que a governabilidade exige diálogo contínuo e a construção de pontes, mesmo em temas considerados prioritários pelo Palácio do Planalto.

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Diante desse cenário, cresce a pressão sobre o Ministério da Fazenda para apresentar um plano B que contemple não apenas a recomposição orçamentária, mas também a recomposição política. Sem uma estratégia clara de articulação, o governo corre o risco de ver novas propostas naufragarem, ampliando a instabilidade fiscal e abalando a confiança do mercado. O desafio, portanto, é tanto econômico quanto político: como realocar recursos sem abrir mão de projetos de longo prazo e, ao mesmo tempo, recuperar a capacidade de barganha no Congresso.

Por: João Bosco

Foto: Redes Sociais

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