Crise Venezuela-EUA: Trump intensifica pressão militar e investigações na mira contra Maduro
- jbcomunicacoes100
- 18 de out.
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A Venezuela permanece no centro da política externa agressiva do governo Donald Trump, que ampliou significativamente as operações militares e de inteligência contra o regime de Nicolás Maduro. Com uma frota naval estacionada no Caribe - incluindo navios de guerra, caças e submarinos nucleares - os Estados Unidos já realizaram a interceptação de cinco embarcações suspeitas de tráfico de drogas, resultando na morte de 27 pessoas em confrontos. O fortalecimento do cerco internacional representa a mais séria ameaça ao governo chavista desde 2019.

Em anúncio realizado na quarta-feira (15), Trump confirmou ter autorizado a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações terrestres em território venezuelano, marcando uma escalada sem precedentes na intervenção americana. A medida, justificada como necessária para combater o narcotráfico internacional, conta com o apoio de governos regionais e segue as acusações de que Maduro seria o líder máximo do Cartel de los Soles, organização responsável pelo envio de toneladas de cocaína aos Estados Unidos.

As operações de interceptação marítima têm como alvo as rotas de narcotráfico que partem da costa venezuelana em direção à América Central e aos Estados Unidos. A presença da Marinha norte-americana na região do Caribe se intensificou consideravelmente nos últimos meses, com a criação de uma zona de exclusão naval onde embarcações suspeitas são abordadas e, quando necessário, neutralizadas. Esta estratégia já resultou no apreensão de mais de 10 toneladas de cocaína apenas no último trimestre.

A autorização para operações terrestres da CIA representa uma mudança drástica na abordagem norte-americana, que até então limitava-se a sanções econômicas e pressão diplomática. Especialistas em relações internacionais alertam que esta escalada pode desencadear uma crise humanitária ainda maior e provocar instabilidade em toda a região. A medida recebeu fortes críticas de governos aliados da Venezuela, como Rússia e China, que condenaram a violação da soberania venezuelana.

O governo Trump defende que as ações são necessárias para proteger a segurança nacional norte-americana e combater o que classifica como "estado narcoterrorista" venezuelano. Enquanto isso, a oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado, manifestou cauteloso apoio às medidas, desde que estas não resultem em intervenção militar em larga escala. O desfecho desta crise pode redefinir os equilíbrios geopolíticos na América Latina e testar os limites do direito internacional.
Por: João Bosco










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