COPASA ANUNCIA REAJUSTE TARIFÁRIO DE 6,56% PARA VIGORAR EM JANEIRO DE 2026

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciou um aumento tarifário médio de 6,56% para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a vigorar a partir de 22 de janeiro de 2026. A decisão foi formalizada com a publicação da Resolução no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais nesta terça-feira (23). Este reajuste insere-se no calendário regulatório da concessionária e afetará diretamente o orçamento doméstico e empresarial de milhões de mineiros no próximo ano.

O aumento anunciado integra a terceira Revisão Tarifária Periódica (RTP) realizada pela empresa, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG). Processos semelhantes ocorreram anteriormente em 2017 e 2021. A RTP é um mecanismo técnico e legal que promove uma reavaliação completa dos custos operacionais, dos investimentos realizados e da qualidade dos serviços prestados, visando a reconstrução da tarifa de forma equilibrada.

Conforme destacado pela empresa, a revisão tem como objetivo principal garantir que a nova estrutura tarifária seja capaz de cobrir os custos necessários para a manutenção, ampliação e melhoria contínua do sistema de saneamento. Isso inclui desde a operação diária das estações de tratamento até os vultosos investimentos em novas redes, redução de perdas e modernização tecnológica, essenciais para a universalização dos serviços e o cumprimento de metas de qualidade e sustentabilidade ambiental.

O reajuste, embora dentro dos parâmetros previstos em contrato, tende a reacender o debate público sobre o custo dos serviços essenciais e o poder aquisitivo da população. Especialistas indicam que a sustentabilidade financeira das empresas de saneamento é crucial para garantir a segurança hídrica e a saúde pública a longo prazo. No entanto, a medida também impõe um desafio adicional às famílias, especialmente em um contexto econômico ainda marcado por pressões inflacionárias em outros setores, exigindo um cuidadoso equilíbrio entre a viabilidade do serviço e sua acessibilidade.

Por: João Bosco