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Com Zema na frente de Lula e Tarcísio na retranca, direita busca unidade para 2026

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Entre si, a direita brasileira enfrenta um risco real de fragmentação que pode inadvertidamente favorecer a esquerda nas eleições de 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – considerado pelas pesquisas o nome mais forte para enfrentar a esquerda – mantém-se publicamente resistente à ideia de concorrer à Presidência, afirmando que buscará a reeleição em seu estado. No entanto, ao declarar precocemente apoio a Ratinho Junior como candidato presidencial, Tarcísio pode ter iniciado uma fissura no campo ideológico, uma vez que outros nomes de peso, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, também alimentam aspirações nacionais.

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Uma composição entre Tarcísio de Freitas e Romeu Zema seria estrategicamente ideal para unificar a direita, uma vez que ambos administram os dois maiores colégios eleitorais do país e registram mais de 60% de aprovação em seus mandatos. A união dessas forças criaria uma chapa eleitoral de amplo apelo nacional, capaz de polarizar de forma vantajosa contra qualquer candidato da esquerda. No entanto, na ausência de acordos, a disputa por espaço e apoio tende a dividir eleitores, recursos e tempo de campanha – cenário que apenas beneficia a atual base governista.

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Dados recentes do Instituto Paraná Pesquisas reforçam a tese de que Zema possui vantagem eleitoral mais consistente que Tarcísio em um eventual confronto com Lula. Enquanto o presidente venceria o governador paulista por 42,7% a 41%, perderia claramente para o governador mineiro, que alcançaria 47,7% contra 39,2% de Lula no segundo turno. Esses números não apenas destacam a força individual de Zema, mas também revelam que, em Minas Gerais – estado historicamente decisivo –, o governador mantém hegemonia política capaz de influenciar o pleito nacional.

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Diante desse contexto, fica claro que a escolha do candidato único pela direita dependerá não apenas de pesquisas, mas de habilidade, negociação e visão estratégica. Uma chapa bem articulada, com Zema na cabeça e um vice com trânsito nacional e perfil conciliador, pode representar um desafio substantivo ao Planalto. Se a direita conseguir superar suas divergências e apresentar uma frente unida antes da campanha, terá condições reais de disputar e vencer em 2026. Caso contrário, assistirá, mais uma vez, à esquerda capitalizar a desunião alheia.

Por: João Bosco

Foto: Montagem O Debate/João Bosco

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