CARLOS VIANA É O PRESIDENTE DA COMISSÃO DA CPI QUE VAI INVESTIGAR AS FRAUDES DO INSS
- jbcomunicacoes100
- 20 de ago.
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Atualizado: 21 de ago.

Em uma reviravolta política significativa, a oposição assumiu o comando e a relatoria da CPI mista que investiga as fraudes no INSS. A sessão deliberativa, realizada nesta quarta-feira (20), foi marcada pela rejeição às indicações consolidadas pelos senadores Davi Alcolumbre e Hugo Motta, que previam o nome do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência. O ambiente, desde o início, foi caótico, refletindo a alta disputa pelo controle das investigações. O Partido dos Trabalhadores (PT) demonstrava especial interesse em comandar os trabalhos, mas o prestígio político de Alcolumbre e Motta não foi suficiente para assegurar sua vitória, configurando um potencial revés para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a mudança no cenário, a presidência dos trabalhos foi oficialmente assumida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), enquanto o deputado federal foi Alfredo Gaspar (União-AL) cargo de relator. Em declaração à imprensa, Gaspar reafirmou seu compromisso com a investigação: “Reafirmo que sigo como membro titular da comissão, mantendo o mesmo compromisso de contribuir com os trabalhos e avançar na investigação das fraudes”. Em entrevista ao portal R7, o relator foi ainda mais enfático, prometendo que todos os envolvidos serão alcançados pela apuração, que visa esclarecer as irregularidades nos empréstimos consignados, sem se restringir apenas aos descontos associativos.

A manobra bem-sucedida pela oposição foi resultado de uma articulação meticulosa. Na noite anterior à sessão, seus representantes se reuniram para orquestrar a estratégia que derrubaria a indicação de Omar Aziz e definir os nomes que assumiriam os cargos de comando. Essa movimentação subterrânea evidenciou a fragmentação da base governista e a capacidade de organização da oposição, que soube capitalizar o descontentamento de alguns aliados para formar uma maioria momentânea.

Agora, sob novo comando, a CPI contará com a força-tarefa de 15 senadores e 15 deputados federais cujo objetivo central é apurar e identificar os verdadeiros responsáveis pelo esquema de fraudes que lesou o Instituto Nacional do Seguro Social e seus segurados. A expectativa é que a mudança na liderança altere o rumo das investigações, potencialmente ampliando o escopo dos trabalhos e intensificando a pressão sobre o governo federal e aliados eventualmente envolvidos.
Por: João Bosco
Foto: Senado










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