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BRIGITTE BARDOT, ÍCONE DO CINEMA E SÍMBOLO FRANCÊS, MORRE AOS 91 ANOS EM PARIS

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Morre aos 91 anos, em Paris, Brigitte Bardot, ícone absoluto do cinema e da cultura nas décadas de 50 a 70. A atriz francesa foi uma das maiores estrelas da sétima arte, cuja influência transcendeu as telas para se tornar um fenômeno global e um símbolo de liberdade e beleza. Nascida em Paris, em 1934, Bardot iniciou sua trajetória artística no balé do Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, mas seu destino mudou radicalmente ao estampar a capa da revista Elle aos 15 anos. Esse primeiro lampejo de fama prenunciaria uma carreira repleta de luzes, holofotes e uma profunda transformação na figura da mulher no imaginário popular.

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Descoberta pelo cineasta Roger Vadim, que mais tarde se tornaria seu marido, Bardot estreou no cinema com “Le Trou Normand” (1952). No entanto, foi em 1956, com o filme “E Deus Criou a Mulher”, também dirigido por Vadim, que ela alcançou reconhecimento internacional. O longa, ousado para sua época, não apenas consagrou-a como um fenômeno mundial, mas também a erigiu em símbolo de uma geração que ansiava por ruptura e emancipação. Sua atuação cativante e seu carisma único pavimentaram o caminho para uma série de sucessos cinematográficos, como “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard, “A Verdade” (1960) e “Viva Maria!” (1965), solidificando seu legado como uma das atrizes mais importantes e bem-sucedidas de sua geração.

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Sua versatilidade artística, porém, não se limitou ao cinema. Bardot também brilhou na música, destacando-se com o álbum Brigitte Bardot Sings (1963) e, posteriormente, com Special Bardot (1968), nos quais sua voz suave e estilo despojado conquistaram o público. Paralelamente, sua beleza tornou-se um arquétipo cultural: em 1970, seu rosto foi escolhido como modelo para a escultura de Marianne, personificação da República Francesa, um testemunho máximo de sua integração ao patrimônio simbólico da nação. Sua imagem, perpetuada em fotografias e filmes, continua a definir um padrão de elegância e sensualidade.

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Após se aposentar das telas em 1973, dedicou sua vida ao ativismo em defesa dos animais, causa pela qual era profundamente apaixonada e que a manteve em evidência pública. Nos últimos meses, enfrentou sérios problemas de saúde, passando os últimos três meses internada e submetendo-se a uma cirurgia. Brigitte Bardot faleceu na manhã deste domingo (28), em Paris, aos 91 anos. Sua partida encerra o capítulo de uma vida extraordinária, mas seu legado como ícone do cinema, da moda e da cultura permanece vivo e indelével.

Por: João Bosco

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