top of page

Vereadora e Presidente da Câmara de Maria da Fé é Presa por Crimes de Coação e Obstáculo à Justiça

ree

Ana Paula Torres Santos (PDT), presidente da Câmara Municipal de Maria da Fé, no Sul de Minas Gerais, foi presa na tarde desta quarta-feira (12). Após a prisão, a parlamentar foi submetida a exame de corpo de delito e, em seguida, encaminhada ao presídio de Santa Rita do Sapucaí (MG). O mandado de prisão, emitido pela Comarca de Itajubá (MG), integra as ações de um Processo Investigatório Criminal instaurado contra a vereadora, que tem como objetivo apurar a prática dos crimes de coação e de obstrução da administração da Justiça.

De acordo com as investigações do Ministério Público, Ana Paula passou a constranger e ameaçar servidores públicos lotados na Secretaria Municipal de Saúde. Os alvos das intimidações foram funcionários que prestaram informações ou depoimentos relevantes para um inquérito que investigava a própria atuação da vereadora à frente da Procuradoria da Mulher. Essa retaliação direta contra testemunhas e colaboradores representa uma grave interferência no andamento das apurações, caracterizando uma tentativa de obstruir o trabalho da Justiça.

ree

A situação é agravada pelo duplo cargo político e pela influência familiar exercida pela investigada. Para além das funções de vereadora e presidente do legislativo municipal, Ana Paula é esposa do prefeito de Maria da Fé. Segundo as acusações, ela teria se valido exatamente dessa condição e de sua influência política para induzir o chefe do Executivo municipal a exonerar os servidores que colaboraram com a investigação. Essa manobra configuraria um uso abusivo de poder, transformando a máquina pública em instrumento de vingança pessoal.

ree

Como resultado direto dessa suposta represália, sete servidoras foram exoneradas sumariamente. Entre as demitidas, encontra-se uma funcionária com uma trajetória de 28 anos de serviços prestados à prefeitura, todos na área da saúde. A demissão atingiu essa profissional quando faltava apenas um ano para que ela pudesse requerer sua aposentadoria, um ato que evidencia a gravidade das retaliações e o profundo impacto na vida das vítimas, que tiveram suas carreiras interrompidas de forma abrupta e, alegadamente, como punição por cumprirem com seu dever cívico.

ree

Diante da gravidade dos fatos e do risco à ordem pública, o Ministério Público entendeu que a medida cautelar de prisão era necessária para assegurar a investigação. A decisão visa não apenas evitar novas intimidações a testemunhas, mas também garantir a presença da investigada à disposição da Justiça e permitir o aprofundamento das apurações.

Comentários


bottom of page