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TARIFAÇO TEM INÍCIO NESTA QUARTA-FEIRA (6)

Atualizado: 5 de ago.

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Agora não há mais prorrogação: o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos entra em vigor nesta quarta-feira (6). Segundo Arthur Pimentel, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (ACEB), em entrevista ao portal R7, faltou bom senso por parte do governo brasileiro na condução das negociações.


"No nosso entender, houve insensatez ao optar pelo enfrentamento direto. Faltou uma escuta ampla e atenção ao peso estratégico de cada mercado. As tratativas deveriam ter seguido os trâmites institucionais, com mais diálogo e menos confronto", afirmou Pimentel. A medida impactará diretamente as exportações brasileiras, e o governo americano ainda avalia quais produtos poderão ser isentos. Itens como café, frutas e pescados devem ficar de fora da sobretaxa, mas, mesmo assim, o setor de pescados já registra cancelamentos de contratos por importadores dos EUA, além de reflexos negativos em outros segmentos.


Em meio às tensões comerciais, o presidente Donald Trump declarou, neste fim de semana, que o presidente Lula poderá conversar com ele “a qualquer momento”. A afirmação contrasta com sua postura no início da semana, quando negou qualquer contato com o governo brasileiro. Analistas interpretam a mudança de tom como uma possível abertura para negociações, embora o cenário ainda seja incerto. Enquanto isso, empresários brasileiros cobram ações mais eficazes para minimizar os prejuízos, já que a guerra tarifária pode afetar empregos e a balança comercial do país.


O impacto dessas tarifas tende a ser sentido não apenas no curto prazo, mas também na competitividade do Brasil no mercado internacional. Setores como o agronegócio, que dependem fortemente das exportações para os EUA, podem enfrentar dificuldades para realocar sua produção. Especialistas alertam que, sem uma estratégia clara de diversificação de mercados, o país ficará ainda mais vulnerável a decisões unilaterais de grandes potências. A crise reforça a necessidade de o Brasil fortalecer parcerias regionais e investir em acordos comerciais que reduzam sua dependência de um único destino.

Por: João Bosco

 

 
 
 

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