Setembro Amarelo: Desmistificando o Suicídio e a Importância da Prevenção
- jbcomunicacoes100
- 8 de set.
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A Campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa crucial para alertar a sociedade sobre a prevenção do suicídio, um problema de saúde pública com números alarmantes. No Brasil, registram-se mais de 13 mil casos anualmente, enquanto, em escala global, esse número ultrapassa 1 milhão. As taxas, segundo a OMS, são de aproximadamente 11,4 por 100 mil habitantes, sendo significativamente mais altas entre os homens. A esmagadora maioria desses casos, cerca de 96,8%, está diretamente relacionada a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Existem muitos equívocos perigosos sobre o assunto. Um dos principais mitos é a ideia de que o suicídio é um ato de livre arbítrio, quando, na verdade, está quase invariavelmente associado a uma doença mental que distorce a percepção da realidade da pessoa. Outras falsas crenças incluem achar que quem ameaça se matar não o fará, ignorando que a maioria das pessoas dá sinais verbais ou comportamentais prévios. Da mesma forma, uma melhora repentina no humor de alguém que estava deprimido pode ser mal interpretada, quando, na verdade, pode indicar que a pessoa tomou a decisão definitiva de cometer o ato.

É fundamental compreender que o risco de suicídio pode ser tratado de forma eficaz e não é permanente. Após o tratamento adequado da doença mental de base, o desejo de morrer tende a desaparecer. Além disso, falar abertamente sobre o assunto é uma medida preventiva essencial, pois pode aliviar a angústia e a tensão, ao contrário do que se pensa popularmente. Períodos de aparente recuperação, como após uma alta hospitalar, demandam atenção redobrada, pois são momentos de extrema fragilidade.

A prevenção efetiva envolve uma combinação de fatores, incluindo a busca por autoconhecimento, a manutenção de uma rotina saudável com atividades físicas, a priorização do sono e, principalmente, a construção de uma rede de apoio com familiares, amigos e grupos específicos. No entanto, o pilar mais importante é procurar ajuda profissional especializada. A mensagem final é de esperança e apoio: lembrar que ninguém precisa enfrentar essa luta sozinho.
Por: João Bosco
Foto: Marista Lab










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