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SEQUÊNCIA DESASTROSA PODE TER TIRADO PALMEIRAS DA DISPUTA PELO BRASILEIRÃO

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A sequência negativa do Palmeiras na reta final do Brasileirão atingiu seu ápice com o empate em casa contra o Fluminense, resultado que praticamente enterrou suas chances de título após o Flamengo ampliar sua vantagem para quatro pontos. Abel Ferreira assumiu publicamente a derrota interna ao declarar "quase impossível" a conquista do campeonato, em um raro momento de rendição do técnico normalmente tão combativo. A declaração soa como o reconhecimento tático de uma batalha perdida, marcando o fim de uma era de domínio palestrino nos campeonatos nacionais.

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Analisando retrospectivamente, a quebra de rendimento revela-se ainda mais grave quando examinados os números dos últimos cinco jogos: apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas compõem este triste retrospecto. O ataque que antes era temido marcou apenas 58 gols (número abaixo do potencial ofensivo do elenco), enquanto a defesa sofreu 29 gols, revelando vulnerabilidades em alguns setores. O saldo positivo de 29 bolas não consegue mascarar a crise esportiva que se instalou no clube no momento mais decisivo da temporada.

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Abel Ferreira atribuiu parte significativa dessa crise às sucessivas datas FIFA, que roubam o tempo de treinamento e devolvem jogadores fisicamente exaustos. Sua frase "não há tempo de respirar, nem mesmo descansar" sintetiza o drama vivido pelos clubes brasileiros diante de um calendário asfixiante. Esta sobrecarga física transforma as partidas decisivas em verdadeiros testes de resistência, onde o aspecto técnico-tático frequentemente cede lugar à simples capacidade de aguentar 90 minutos em campo.

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O desfecho desta temporada representa um ponto de inflexão para o projeto palestrino, exigindo profundas reflexões sobre planejamento e gestão de elenco. Embora o ciclo de Abel Ferreira permaneça como o mais vitorioso da história do clube, o fracasso neste Brasileirão evidencia a necessidade de se adaptar aos novos desafios do futebol nacional, mesmo sendo finalista da Libertadores. A reconstrução para 2026 deverá passar por uma reformulação na gestão do calendário e no aproveitamento do elenco.

Por: João Bosco

Foto: André Fabiano

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