Saída de Pacheco redefine cenário político mineiro e força mudança de planos do Planalto
- jbcomunicacoes100
- há 9 horas
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O anúncio da saída da vida pública feito pelo senador Rodrigo Pacheco, nesta terça-feira (18), abre novos e imprevisíveis horizontes para a política de Minas Gerais. O presidente Lula, que tinha como certa a candidatura e o apoio a Pacheco para o governo do estado em 2026, vê-se agora obrigado a reestruturar sua estratégia. O rompimento foi consolidado após Pacheco receber uma negativa clara do Planalto sobre sua indicação para a vaga deixada por Barroso no STF, evidenciando uma ruptura que altera profundamente o tabuleiro eleitoral.

Diante do novo cenário, a esquerda tende a se aglutinar em torno de Alexandre Kalil, uma movimentação que originalmente não estava nos planos do presidente. A ausência de um candidato próprio com força eleitoral suficiente torna improvável que a esquerda lidere as disputas em um estado de perfil conservador como Minas Gerais, especialmente sem a estrutura que seria fornecida por Pacheco. Segundo declarações de Lula a seus assessores, o novo candidato do governo para Minas Gerais deverá ser definido até dezembro, pressionando pela rápida construção de uma nova alternativa.

A importância do segundo maior colégio eleitoral do país confere um peso decisivo a qualquer candidatura ao Executivo federal. Neste contexto, o presidente assume a difícil missão de enfrentar a bem-sucedida máquina do governador Romeu Zema (Mateus Simões), o senador Cleitinho Azevedo. Este, por sua vez, já lidera as pesquisas de opinião pública com larga vantagem sobre o segundo colocado, o deputado federal Nícolas Ferreira, ambos declaradamente opositores ferrenhos do governo Lula e da esquerda.

Neste imbróglio político, começam a ganhar força nomes como o do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e do ex-vereador Gabriel Azevedo (MDB), capazes de articular bases mais amplas. Outra figura que surge como potencial conciliadora é a do empresário Josué Gomes, frequentemente elogiado por assessores do Palácio do Planalto por seu perfil moderado. A corrida por Minas Gerais promete ser um dos episódios mais complexos e decisivos da eleição de 2026, testando a capacidade de articulação do governo federal em um território fundamental.
Por: João Bosco
Foto: Senado Federal










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