POÇOS DE CALDAS PROIBE O USO DE CHARRETES COM TRAÇÃO ANIMAL NA ZONA URBANA
- jbcomunicacoes100
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O município de Poços de Caldas (MG) aprovou, nesta sexta-feira (12), uma lei que proíbe o uso de charretes com tração animal em sua zona urbana. A medida, proposta pelo vereador Lucas Arruda, foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal e estabelece a substituição desses veículos tradicionais por charretes elétricas. Com essa decisão, a cidade junta-se a outros municípios mineiros que já adotaram legislação similar, modernizando um serviço tipicamente turístico e alinhando-se a discussões contemporâneas sobre bem-estar animal e mobilidade urbana sustentável.

A iniciativa não é inédita na região, mas consolida-se após um processo legislativo anterior que havia sido descaracterizado por diversas emendas. A nova lei visa a melhorar a prestação do serviço, eliminando problemas como o mau cheiro causado pelos dejetos dos animais nas vias públicas. Além disso, a transição para os veículos elétricos promete trazer maior conforto aos turistas, com carruagens modernas e silenciosas, que podem se tornar um novo atrativo charmoso para a cidade.

Para assegurar uma transição ordenada e socialmente responsável, a lei prevê um prazo de 90 dias, a partir de sua sanção pelo prefeito, para a retirada completa das charretes de tração animal das ruas. Inspirando-se no modelo bem-sucedido de Caxambu, a prefeitura oferecerá um auxílio financeiro de R$ 20 mil, parcelado em quatro vezes, aos 39 charreteiros atualmente cadastrados. Esse suporte visa a ajudá-los a se realocar em outro setor econômico ou a investir na aquisição de uma charrete elétrica, caso desejem permanecer na atividade.

Paralelamente, os vereadores aprovaram, também por unanimidade, um projeto complementar do vereador Diney Lenon de Paulo. A proposta estabelece um auxílio-ração no valor de R$ 10 mil para garantir a alimentação adequada dos animais durante o período de transição, sendo o benefício cancelado automaticamente se o animal for vendido. A presença de muitos charreteiros na sessão, que já previam o resultado, indica um engajamento do grupo com o processo, sugerindo que a medida busca equilibrar inovação, cuidado com os animais e apoio aos trabalhadores afetados pela mudança.
Por: João Bosco










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