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PESQUISA APONTA DESAPROVAÇÃO MAIORITÁRIA AO GOVERNO LULA

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Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é desaprovado pela maioria da população brasileira. O levantamento, conduzido entre os dias 18 e 22 de dezembro, em 163 municípios e com 2.038 eleitores, aponta uma taxa de desaprovação de 50,9%, enquanto a aprovação soma 45,6%. Outros 3,5% não souberam ou não responderam. Da avaliação positiva, 23,1% consideram a gestão "regular", 19,8% a avaliam como "boa" e 12,9% como "ótima". A análise da série histórica indica que a aprovação do governo recuou significativamente no primeiro semestre de 2024, registrando uma leve recuperação ao longo do segundo semestre.

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A oscilação na popularidade reflete o impacto direto de questões econômicas persistentes, como a insegurança alimentar e o custo de vida, na percepção pública. Especialistas apontam que a dificuldade em concretizar promessas de campanha de forma mais imediata, combinada com a polarização política crônica, atua como um lastro significativo para a avaliação negativa. Este cenário cria um campo minado para a governabilidade, onde cada medida do Executivo é submetida a um crivo amplificado pela insatisfação popular, potencializando o desgaste político mesmo em iniciativas de amplo alcance social.

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A proximidade do ciclo eleitoral de 2026 exacerba a pressão sobre a estratégia governista. Uma desaprovação majoritária persistente tende a enfraquecer a disciplina da base aliada no Congresso, tornando árdua a aprovação de reformas consideradas cruciais, como a tributária. Por outro lado, a leve recuperação no segundo semestre de 2024 oferece um fio de esperança à equipe econômica. A capacidade de controlar a inflação de forma duradoura e de gerar empregos em setores estratégicos será o termômetro mais sensível para reverter a tendência negativa e reconquistar a confiança do eleitorado pragmaticamente.

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Para a oposição, os números consolidam a tese do desgaste acelerado e oferecem um roteiro claro para 2025: explorar sistematicamente as fragilidades éticas e econômicas do governo. Líderes oposicionistas devem articular pautas no Congresso que forcem derrotas simbólicas ao Executivo e amplifiquem narrativas de crise e ineficiência. O ano que se inicia se apresenta, portanto, como um campo de batalha pela narrativa pública, onde o controle de danos de eventuais novas crises e a demonstração inequívoca de resultados práticos serão os fatores determinantes para moldar os rumos da corrida presidencial de 2026.

Por: João Bosco

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