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PACOTE BILIONÁRIO DO GOVERNO NÃO RESOLVE PROBLEMAS ESTRUTURAIS DE EMPRESÁRIOS BRASILEIROS


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O governo federal anunciou um pacote de R$ 30 bilhões para socorrer empresas afetadas pelo tarifaço imposto por Donald Trump, mas especialistas alertam que a medida está longe de solucionar os problemas estruturais que comprometem a competitividade do setor produtivo brasileiro. Economistas destacam que o verdadeiro caminho para reduzir o impacto dessas tarifas seria a diversificação e ampliação dos mercados de exportação, estratégia que o governo deveria estar priorizando. Ao invés disso, a postura adotada parece visar mais efeitos políticos imediatos do que reformas sólidas e duradouras.

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O desenho do pacote também levanta questionamentos. A exigência de que as empresas beneficiadas não realizem demissões, embora pareça positiva à primeira vista, deixa claro que o objetivo central é blindar o governo contra um possível aumento no desemprego, e não atacar de forma efetiva as causas que fragilizam a economia. Trata-se de uma tentativa de preservar a imagem política do Palácio do Planalto, enquanto o empresariado continua enfrentando altos custos de produção, burocracia excessiva e insegurança jurídica.

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Além disso, ao priorizar soluções emergenciais e de curto prazo, o governo ignora a urgência de modernizar a infraestrutura logística, reduzir a carga tributária e estimular a inovação tecnológica — pilares essenciais para manter a competitividade no cenário internacional. Sem essas reformas estruturais, os R$ 30 bilhões anunciados podem se transformar apenas em um paliativo caro, que adia, mas não evita, o agravamento da crise.

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Essa postura revela um padrão já conhecido: administrar problemas com discursos e medidas populistas, em vez de apresentar um plano robusto de inserção estratégica do Brasil no comércio global. O resultado é a perpetuação de um ciclo em que empresários sobrevivem à base de incentivos temporários, enquanto o país perde espaço para concorrentes mais preparados. A conta, inevitavelmente, recai sobre a sociedade, que paga o preço da falta de visão de longo prazo.

Por: João Bosco

Foto: Agência Brasil/EBC

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