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GASTRONOMIA MINEIRA CELEBRA SEU DIA ENTRE RAÍZES DO PASSADO E SABORES DO FUTURO

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Edson Puiati explica como a cozinha mineira alia memória afetiva a ingredientes esquecidos e técnicas modernas


Celebrado em 5 de julho, o Dia da Gastronomia Mineira homenageia um patrimônio cultural que vai além dos sabores: é história, afeto e identidade. Como explica Edson Puiati, do Senac MG, a cozinha mineira nasceu nos fogões a lenha e quintais, carregando memórias de domingos em família. Dividida entre a "cozinha seca" (herança tropeira, com feijão, torresmo e farofa) e a "cozinha molhada" (caldos e ensopados), sua riqueza vem da mistura de influências indígenas, africanas e portuguesas, agora enriquecidas por toques globais.


A gastronomia contemporânea mineira prova que tradição e modernidade podem coexistir. "Inovar não é abandonar a essência, mas aprimorá-la", destaca Puiati. Exemplos como o uso de ágar-ágar (substituto saudável da farinha) ou o resgate de PANCs (como a beldroega e o ora-pro-nóbis) mostram como técnicas científicas e ingredientes esquecidos estão sendo reinterpretados. "O que hoje chamamos de 'novo', muitas vezes já fez parte da mesa dos avós", reforça.


Na Faculdade Senac, em Belo Horizonte, alunos aprendem a equilibrar tradição e inovação. "Visitamos feiras locais e trazemos chefs renomados para mostrar que a cozinha mineira é viva", explica o coordenador Rafael Teixeira de Mattos. Seja no frango com quiabo reinventado ou em sobremesas com rapadura e queijo artesanal, o legado mineiro segue inspirando novas gerações – sempre com um pé no fogão de lenha e outro no futuro.

Por: João Bosco

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