EX-COORDENADOR DO INSS É PRESO NA MADRUGADA DESTA TERÇA-FEIRA (2)
- jbcomunicacoes100
- há 13 horas
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A CPI do INSS determinou, na madrugada desta terça-feira (2), a prisão do ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Jucimar Fonseca da Silva. A ordem de prisão foi expedida por determinação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), e executada pela Polícia Legislativa do Senado. A medida, considerada drástica, reflete a escalada de tensões entre os investigadores e convocados que se recusam a prestar esclarecimentos, marcando um novo capítulo no rigor da apuração dos supostos desvios e irregularidades na autarquia.

A fundamentação para a prisão, conforme explicou o senador Viana, baseou-se nas contradições do depoente e em seu descumprimento reiterado de convocações. Jucimar Fonseca já havia faltado a duas audiências anteriores, justificando-se com atestados médicos. No entanto, o parlamentar ressaltou que o ex-coordenador não se submeteu à perícia médica oficial exigida pelo regimento interno do Senado para validar tais alegações, o que foi interpretado pela CPI como má-fé e obstrução ao trabalho investigativo.

Durante a sessão que precedeu a ordem de prisão, a comissão julgou os argumentos apresentados por Jucimar como totalmente insuficientes para esclarecer as graves inconsistências apontadas em seu depoimento escrito e nas evidências documentais coletadas. Ao anunciar a decisão, o presidente Carlos Viana foi enfático: “Quem nada deve, não foge. Quem confia na própria inocência, não evita depor”. A fala sintetiza o entendimento da maioria dos parlamentares de que a recusa em cooperar equivale a uma admissão tácita de culpa ou ao menos de envolvimento com os fatos sob investigação.

Entre as suspeitas que recaem sobre Jucimar Fonseca, destaca-se seu suposto apoio, mesmo com parecer técnico contrário do Ministério Público, à liberação em massa de descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. A CPI investiga se essa operação, que causou prejuízos financeiros diretos aos beneficiários, integrou um esquema mais amplo de gestão fraudulenta. Sua prisão tem como objetivo não apenas assegurar seu depoimento compulsório, mas também servir de exemplo para outros convocados, sinalizando que a comissão usará todas as prerrogativas legais para apurar as responsabilidades.
Por: João Bosco
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado










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