CGU IDENTIFICA INDÍCIOS DE SUPERFATURAMENTO EM EMENDAS PARLAMENTARES DE RANDOLFE RODRIGUES
- jbcomunicacoes100
- 28 de nov.
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Relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam graves indícios de direcionamento e superfaturamento em eventos gospel financiados com emendas parlamentares do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). As investigações também detectaram irregularidades em um projeto social destinado a ambulantes, igualmente viabilizado através de verbas do parlamentar. Em resposta, o senador afirmou que, ao tomar conhecimento da auditoria, solicitou imediatamente a inabilitação das entidades envolvidas e que os responsáveis sejam processados nos termos da lei.

A apuração da CGU foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino e analisou repasses a 34 entidades entre 2020 e 2024, envolvendo diversos parlamentares. O prejuízo estimado ao erário público ultrapassa R$ 15 milhões, conforme os cálculos da controladoria. Foram identificadas três emendas de Randolfe com fortes indícios de irregularidades, embora os relatórios oficiais tenham se abstido de citar nominalmente os parlamentares investigados.

Todos os repasses questionados são denominados "emendas Pix" - transferências especiais com menor transparência que direcionaram recursos ao governo do Amapá, que por sua vez os repassou para os eventos. Entre os casos destacados está o 3° Festival de Cultura Gospel em Santana (AP), organizado pelo Instituto Brasil Futuro (Ibraf) com R$ 1 milhão em emendas, sendo R$ 500 mil do senador Randolfe e igual valor do deputado federal Josenildo (PDT-AP).

As evidências de superfaturamento neste evento somam-se a outras irregularidades identificadas pela CGU, configurando um padrão de gestão questionável dos recursos públicos. A modalidade de emenda utilizada está sob escrutínio do STF exatamente por suas fragilidades nos mecanismos de transparência e controle, facilitando o desvio de finalidade e o eventual enriquecimento ilícito às custas do erário.










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