Carreta de 123 metros e 850 toneladas força interdição na Fernão Dias

A Rodovia Fernão Dias, uma das principais ligações entre Minas Gerais e São Paulo, encontra-se totalmente interditada no sentido Belo Horizonte, no km 921, em Camanducaia, localizada no Sul de Minas. A paralisação é necessária para a operação logística de transporte de um equipamento industrial de dimensões e peso excepcionais. A carga possui impressionantes 850 toneladas, acomodadas em uma carreta de 123 metros de comprimento e 7,3 metros de largura, configurando um dos maiores transportes especiais já realizados na região.

A movimentação de um comboio com tais características impõe desafios logísticos consideráveis. Devido ao seu peso colossal e dimensões extraordinárias, a velocidade do transporte é drasticamente reduzida, atingindo no máximo 30 km/h. Essa lentidão é essencial para garantir a segurança da operação, da carga e da infraestrutura viária. A viagem rumo ao seu destino final, no estado de Goiás, é tão complexa que a previsão de chegada está estimada apenas para janeiro de 2026, ilustrando a magnitude e a meticulosidade planejada desse deslocamento.

Diante da interdição de longa duração, a Arteris, concessionária responsável pela Fernão Dias, implementou um rodo desvio oficial para minimizar os impactos no tráfego. Os motoristas que seguem para o interior mineiro são orientados a sair da rodovia, seguindo pelo município de Bragança Paulista (SP), passando depois por Pedra Bela (SP) e Extrema (MG). A rota alternativa continua pela MG-460, avança até Munhoz (MG) e, finalmente, acessa a MG-265, que levará os veículos de volta ao trajeto principal na altura de Cambuí (MG).

A operação, embora cause transtornos imediatos, é crucial para o desenvolvimento industrial do país, destinando-se a um importante projeto no centro-oeste. A concessionária ressalta a importância de os condutores planejarem suas viagens com antecedência e seguirem rigorosamente a sinalização e as orientações repassadas pelos agentes de trânsito e pelos canais oficiais. Espera-se que a compreensão dos motoristas sobre a necessidade desse transporte auxilie na fluidez do tráfego alternativo durante este longo período.

Por: João Bosco