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O MONOPÓLIO DO GÁS DA BOLÍVIA E VENEZUELA VAI ACABAR - A ENEVA INVESTE NO BRASIL


O que é a ENEVA?

A companhia se tornou um dos casos mais bem-sucedidos de virada no mundo dos negócios brasileiros. A visão para o futuro é de crescimento praticamente certo, o que torna essa ação uma boa pedida para quem deseja acelerar sua aposentadoria. Capital privado 100% brasileiro, e agora, com o aval do presidente Jair Bolsonaro.

Eneva tem uma história interessante. Antes de se tornar a terceira maior empresa de geração térmica e a maior operadora privada de gás natural no país, ela era a “OGX-Maranhão”.

Sim, ele mesmo em quem você está pensando: Eike Batista e o “Império” X. A Eneva renasceu das cinzas; ou melhor, da recuperação judicial.

Depois que o Império ruiu, foi adquirida pelo BTG Pactual em consórcio com a Cambuhy Investimentos, veículo de uma das famílias mais ricas (e com um baita histórico de sucesso) do Brasil, os Moreira Salles.

Desde então (falo de meados de 2016), tornou-se o turnaround mais bem sucedido da Bolsa brasileira.

Em tempos de inteligência artificial, carros autônomos e coronavírus, convenhamos que a geração de energia não é um tópico exatamente sexy. Imagino que você não procuraria por aqui a próxima empresa que vai crescer lucros a 20% ao ano por anos a fio.

Mas sempre existem exceções, e esse é um ótimo adjetivo para classificar a Eneva.

Geralmente, uma usina térmica tradicional contrata o gás natural para operar. É raro que a própria geradora assuma os riscos (e as oportunidades) de exploração da matéria prima.

A Eneva é uma exceção. Uma das exceções mais rentáveis do segmento de energia no país.

A empresa opera num modelo integrado, chamado reservoir-to-wire, em que além de gerar energia a partir do gás natural, a própria Eneva assume o risco de explorar as reservas de gás onshore no complexo do Parnaíba, onde estão também suas usinas de geração.

Isso faz com que a Eneva opere com um custo extremamente baixo e uma das maiores margem ebitda do segmento.

Hoje, a empresa conta com 2,16 GW (gigawatts) em capacidade operacional - 1,43 GW de suas térmicas a gás e 730 MW de antigas usinas térmicas a carvão, herança dos tempos de Império X.

Até 2024, a Eneva vai entregar mais três novos projetos. Destes, o mais interessante (não o maior) é o Azulão-Jaguatirica, outra exceção.

Essa será uma usina térmica em Boa Vista, a única capital do país não integrada ao SIN - Sistema Interligado Nacional - que leva energia aos estados.

Para ter energia, Boa Vista depende de usinas a carvão e diesel - boa parte importados da Venezuela, um fornecedor nada confiável.

O projeto da Eneva utilizará o gás extraído do campo de Azulão, no Amazonas. O gás extraído passará por liquefação, viajará alguns milhares de quilômetros de caminhão e chegará à Boa Vista, onde vai abastecer a usina.

O Azulão-Jaguatirica é mais um projeto pioneiro; uma solução inovadora de uma empresa que cria avenidas de crescimento numa velocidade impressionante.

Pelas nossas estimativas, o Ebitda (resultado operacional) da Eneva deve crescer num ritmo de 17% ao ano entre 2020 e 2024.

Além disso, o modelo de remuneração dos seus contratos oferece uma previsibilidade interessantíssima em tempos de coronavírus: a receita da Eneva têm dois componentes, uma remuneração fixa e uma variável.

Por deixar as usinas disponíveis ao SIN, a Eneva recebe uma receita fixa - faça chuva, ou faça sol.

E quando faz pouca chuva e muito sol, a Eneva recebe sua receita variável, o despacho.

Como o sistema nacional é bastante dependente de usinas hidrelétricas, os níveis baixam nos reservatórios quando chove pouco (geralmente no segundo semestre do ano); é então que a Eneva é chamada a despachar, ou seja, a gerar energia.

Por essa geração, ela recebe a receita variável.


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