Músico eloiense Max Hebert lança primeiro disco “Tem de amor e tende humor”
“Tem de amor e tende humor”, ou pode ser “Tende amor e tem de humor”. O primeiro disco do artista mineiro Max Hebert, que nasceu em Elói Mendes, tem 12 faixas que retratam o amor e o humor. O lançamento será feito no dia 08 de dezembro em todas as plataformas de streaming de música, como o Spotify, o Deezer e a Apple Music.
O álbum foi produzido de forma independente e algumas faixas foram construídas de forma colaborativa e tem capítulos só possíveis graças às redes sociais. No disco, uma letra única que não é de Max Hebert é um poema de Manoel de Barros, Retrato do Artista Quando Coisa, com participação especial de Patrícia Viotti.
O músico eloiense se define como antropofágico e este primeiro disco mais parece um compilado, pois mescla influencia de várias culturas, embaralhando ritmos e sonoridades diversas.As composições refletem as várias fontes em que ele bebeu e é difícil colocar um rótulo. Como as primeiras pessoas que escutam as músicas são sempre os amigos, um deles disse que as letras do Max têm um “coloquial-complexo”.
Tem forró, pois ele é sanfoneiro do Bloco Pisa na Fulô, do Trio Maxixe e da banda Os Disponíveis. Tem Jazz Manouche (ou Gypsy Jazz), com letra bilíngue francês-português, agregado do tempo que estudou na França. Sendo ator, tem músicas que mais parece uma esquete teatral com começo, meio e fim, sugerindo imagens cênicas e situações inusitadas como nas faixas Netinho, Praia de Nudismo e Renatto.
A presença marcante do Coro Infantil, por exemplo, surgiu de um anúncio no Facebook que dizia “Precisa-se de crianças cantantes, indique!”. O naipe de metais foi a participação especial de integrantes da fanfarra francesa Trois Francs Six-Sous, que estavam em turnê pela América Latina e hospedados na casa do artista pelo aplicativo de hospedagem solidária CouchSurfing. As congas são do cubano René Vásquez Cepero, também convidado e amigo.
“Tem de amor e tende humor” tem também vários outros amigos instrumentistas.Destaque para a participação especial de Laura Catarina, que, com uma voz doce, deixou o xote Cosquinha no Coração ainda mais fofo.
Ao longo das gravações, como precisamos classificar e colocar em gavetas, foram surgindo comparações com Tom Zé, Juca Chaves, Luiz Tatit, e até Arnaldo Antunes, não pelo timbre da voz, e sim pela poética.
Como diz uma das composições: “a gente imita, mesmo que inconscientemente”. Sobre o timbre, o artista diz: “Precisamos de representatividade nas artes: Representatividade negra, LGBTQI +, indígena, periférica, e da voz chinfrim! Afinal, nem todos os pássaros são canários ou pintassilgos - os pardais cantam baixinho, mas também cantam! ”
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