CENTRALIZAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO LAVA-JATO PELA PGR, PROVOCAM INSATISFAÇÕES NO JURÍDICO
A Operação Lava-Jato é indiscutivelmente a a maior operação contra lavagem de dinheiro e corrupção neste país. A Lava-Jato conseguiu colocar na cadeia medalhões da política e da classe empresarial corrupta, em consequência de seu sucesso, conseguiu reaver aos cofres públicos parte da verba de desvios por políticos, ministros e administradores nos dezesseis anos de administração petista.
Agusto Aras, presidente da Procuradoria-Geral da República e seu vice Humberto Jacques de Medeiros, procuram adesões para concentrar as investigações em Brasília, indo na contra-mão do processo que, até hoje, foi sem dúvida, eficaz na sua proposta.
Neste mês de setembro, sete procuradores da força-tarefa de São Paulo, deverão pedir seus afastamentos por insatisfação, descordando da forma unilateral das decisões em que a procuradora Viviane de Oliveira Martinez vem tomando.
“Estar nesses grupos é um sacrifício. Você trabalha muito. Todo mundo trabalha muito, mas, a responsabilidade é enorme e é importante ter o apoio da instituição como um todo, que existiu com Rodrigo (Janot), Raquel (Dodge), e as pessoas não sentem que têm com Aras”, admite um interlocutor, que afirmou que a força-tarefa em São Paulo está sob duplo ataque, do PGR e da coordenadora local. Uma das hipóteses seria uma tentativa de desmonte indireto, afirma a fonte, tornando insustentável a continuidade dos trabalhos sem, no entanto, extinguir oficialmente os grupos.
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