AUMENTAR O TETO DE GASTOS É PULAR NUM ABISMO SEM VOLTA
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, ainda nem assumiu, mas já procura agilizar o lado financeiro para honrar com as promessas de campanha. Deputados do PT já procuram a elaboração de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), para furar o teto de gastos.
Os obstáculos já começam a aparecer mostrando um grande pepino na mão do futuro presidente. Liberar o teto de gastos em R$ 200 bilhões como ele deseja, será o maior suicídio do governo. Ou seja, ele prometeu sem conhecer a sustentação da União. Acabar com o teto de gastos pode provocar um rombo nas contas do governo. É a mesma coisa que assinar um cheque em branco. Vários deputados já criticam a iniciativa do futuro presidente que, através de seus deputados federais e senadores, começaram a se mobilizar neste sentido.
O impacto na inflação pode ser imediato, conforme os programas a serem apresentados pelo novo governo. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) terá que analisar minuciosamente, pois a proposta vai na contramão do governo atual, onde houve um crescimento das despesas obrigatórias que não se esperava no volume que veio. Em compensação, há redução da fila, com uma maior concessão de benefícios”.
O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, disse que a redução da fila do INSS com a concessão de mais benefícios teve um impacto de mais de R$ 8 bilhões nas estimativas de gastos de 2022. Por ser um gasto permanente, irá impactar também as contas de 2023. Mas o futuro presidente quer mais.
A redução da previsão de inflação pelo IPCA em 2022, de 7,2% para 6,3%, deve reduzir o teto de gastos de 2023, pois essa é a única forma de correção do limite.
(Informação Agência Senado).
O novo governo prometeu a correção da tabela do Imposto de Renda (IR), isto deve impactar em R$ 120 bilhões anualmente a receita, e por isso deverá ser colocada na discussão da reforma tributária e aplicada de maneira gradual, sem aumento imediato da isenção para 5 mil reais.
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