ACIDENTE COM BALÃO TRIPULADO EM CAPELA DO ALTO (SP) DEIXA UMA VÍTIMA FATAL E ONZE FERIDOS

Um passeio de balão tripulado terminou em tragédia na manhã deste domingo (15) na cidade de Capela do Alto, interior de São Paulo. A psicóloga Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, natural de Pouso Alegre (MG), morreu após a queda do balão. Juliana estava acompanhada do marido, Leandro de Aquino Pereira, também de 27 anos, que foi socorrido em estado grave e encaminhado ao Hospital Regional de Sorocaba (SP), junto com outras vítimas.

O balão decolou da cidade vizinha de Boituva (SP), conhecida por sua intensa atividade turística com voos de balão, por volta das 7h da manhã. Testemunhas relataram que, pouco tempo após a decolagem, a aeronave começou a perder altitude de forma brusca. Ao atingir o solo pela primeira vez, o impacto provocou a queda de quatro passageiros. Em seguida, o balão voltou a subir alguns metros antes de colidir novamente com o solo, intensificando a gravidade do acidente. No total, onze pessoas ficaram feridas com diferentes graus de lesão.

As investigações revelaram que o piloto responsável pelo balão estava com a licença vencida e possuía habilitação apenas para voos individuais, não para transporte de passageiros em atividade turística. Ele foi preso em flagrante por exercício irregular da profissão e por colocar vidas em risco. A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar possíveis responsabilidades criminais, enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve instaurar um processo administrativo para investigar irregularidades na operação do voo.

O caso gerou comoção em Boituva e Capela do Alto, regiões acostumadas a receber turistas em busca de experiências com balonismo. A tragédia reacende o debate sobre a fiscalização e segurança na prática da atividade, que tem se expandido nos últimos anos, mas nem sempre conta com a estrutura e o controle necessários. Familiares da vítima fatal, profundamente abalados, clamam por justiça e exigem que o caso sirva de alerta para evitar novos acidentes.

Por: João Bosco