Com projetos voltados para a melhoria das cidades, torneio de robótica anima estudantes
Cerca de 500 pessoas estiveram na Escola Alvimar Carneiro de Rezende para etapa regional do Torneio SESI de Robótica
Você já parou para pensar quantas campanas, que são as estruturas que protegem os telefones públicos chamados de orelhão, estão inutilizadas desde que esse equipamento entrou em desuso? Os estudantes da Escola SESI de Governador Valadares fizeram essa pergunta e descobriram que, só na região do Rio Doce, são mais de 48 mil. Para dar um destino ecológico e criativo aos orelhões, a equipe Turma do Bob, representante da escola valadarense no Torneio SESI de Robótica, trouxe um projeto de reaproveitamento dessas estruturas. Esta e outras 35 equipes se reuniram, dia 15/02, para o primeiro dia da competição que acontece na Escola SESI Alvimar Carneiro de Rezende, em Contagem. “Os orelhões revolucionaram a comunicação há um tempo, mas hoje não faz sentido o custo com manutenção destes equipamentos. Criamos dois projetos dentro desta ideia. Queremos utilizar a campana para confecção de lixeiras e cadeiras. Estamos em contato com a prefeitura e a nossa intenção é aproveitar esses objetos em espaços públicos”, contou o estudante Guilherme Ferreira, de 16 anos. O representante da equipe explica ainda que eles utilizam o conceito da economia circular, com o objetivo de gerar receita no lugar de gastos. A competição envolve times da categoria First Lego League (FLL) de escolas particulares, públicas e autônomas. A modalidade desafia crianças e adolescentes de 9 a 16 anos a encararem problemas da sociedade moderna, trabalhando em times de dois a dez integrantes e inspirando-se em valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. Na temporada 2020, batizada de City Shaper (cidades inteligentes), os grupos competidores deverão utilizar a robótica para encontrar soluções que ajudem a construir cidades cada vez melhores para as gerações futuras. A estudante Letícia Taveira, 13 anos, é de Varginha e faz parte da equipe ET Lego. Ela conta que o mundo da robótica é encantador. “Tive a oportunidade de participar do torneio no ano passado e a experiência foi fora do comum. Trouxe comigo muito aprendizado e fiquei impressionada com o poder do mundo tecnológico. É um conhecimento que ninguém pode me tirar”. Para Mariana Kaus, de 13 anos, também da equipe ET Lego, o estudo da robótica faz com que ela se desafie mais a cada dia. “A robótica me ajuda a ter foco e a buscar aprender e me aprofundar mais naquilo que estou estudando. Hoje eu não quero mais ficar apenas na média. Além disso, fazer parte do time me ajuda a fazer novas amizades e pensar no futuro”. Para o superintendente SESI-MG e diretor regional do SENAI, Christiano Leal, a robótica é uma importante ferramenta para a construção do futuro das crianças e adolescentes. “Entendemos que é preciso uma atuação forte na base e a robótica aparece nesse sentido. Provocando e incentivando a criatividade, estamos plantando uma semente que vai brotar lá no mercado de trabalho. E com isso vamos ajudar a construir uma indústria mais competitiva e com melhores oportunidades”, reforçou Leal. Outras duas categorias estão demonstrando seus projetos no torneio regional: a First Tech Challenge (FTC), com a equipe Tech Bros, de São Gonçalo do Sapucaí, e a Fórmula 1, com os times Delta Scuderia de Itaúna e Factum de Contagem. Eles irão competir no Festival Nacional de Robótica em São Paulo, em março, no mesmo evento em que acontecerá etapa nacional de FLL. O Torneio SESI de Robótica continua no dia 16/02, a partir das 9h40, com treinos e competições abertos ao público. As cinco equipes vencedoras serão apresentadas e premiadas às 15h. Clique AQUI e confira fotos do primeiro dia da competição