Brasil pode deixar Mercosul - Diz Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, revelou nos jornais e nas redes sociais que o Brasil poderá sair do Mercosul.
"Estamos nos preparando para diferentes cenários. Aparentemente há na Argentina uma visão profunda que vai contra os postulados básicos do Mercosul".
Segundo Araújo, o próprio Bolsonaro já teria feito essa ameaça em agosto.
"Nossa transição, no fim do ano passado, houve dúvidas sobre a utilidade do bloco. Apostamos no Mercosul e isso vinha dando certo com a Argentina do Macri", disse Araújo, referindo-se a Maurício Macri, que foi derrotado pelo esquerdista Alberto Fenández.
Para ele, (ministro), os protestos na Colômbia, Chile e Equador, e as manifestações no Paraguai, que quase derrubaram o presidente Mario Benítez, que é aliado de Bolsonaro, é parte de um plano maléfico da esquerda para retornar ao poder na América do Sul.
Segundo Ernesto, os protestos acontecem por obra dos comunistas bolivianos malvados. Para que não chegue ao Brasil não podemos descansar um minuto diante dessa possibilidade.
A renúncia de Evo Morales na Bolívia, mostra que o povo já não suporta viver em tamanha miséria. As novas eleições daquele país, sem a presença de Morales, poderá dar um novo rumo às políticas financeiras internas e externas bolivianas. Na Venezuela, a caída de Nicolás Maduro é uma questão de tempo.
Há uma onda esquerdista na América do Sul, mas o Brasil não tem o que temer agora. O país vem de prisões de esquerdistas por estarem envolvidos em corrupção e lavagem de dinheiro, que não fazem mais pressões populares, pois o povo perdeu a confiança neles e por outro lado, o governo de Jair Bolsonaro vem aos poucos mudando a economia brasileira.
O certo é que, para haver uma mudança de governo entre direita e esquerda, o termômetro é a economia. Com a aprovação da reforma da previdência, há uma expectativa que isso venha melhorar a economia do Brasil. No momento, Lula está falando para meia dúzia de gatos pingados, e ainda por cima, sendo vaiado dentro de seu próprio curral eleitoreiro. Sua popularidade não é mais a mesma, o povo está focado na administração atual, e a sociedade brasileira não admite um governo comunista, temos exemplos de 1964.