Governo articula mal e perde votação na mudança do abono salarial

O senado aprovou ontem o texto-base da Reforma da Previdência por 56 a 19 votos contra. Mas, o governo foi derrotado na mudança do abono salarial por 42 a 30. Com essa derrota, o governo deixa de economizar R$ 70 bilhões em dez anos. Vários senadores que estiveram presentes na votação do texto-base, não compareceram na mudança do abono salarial e, ainda por cima, o governo teve a oposição de senadores que sempre votaram com o governo, como é o caso de Esperidião Amin, Dario Berger e Eduardo Braga.
A verdade, é que a equipe que articula apoio ao governo tanto no Senado como na Câmara dos Deputados é muito fraca. O líder do governo é fraco, e assim, o governo vem sofrendo derrotas em cima de derrotas nas duas casas.
A proposta restringia o pagamento do benefício, no valor de um salário mínimo, a quem recebesse até R$ 1.364,43 por mês. Agora, com a derrota, fica valendo a regra atual em vigor que garante o repasse a quem ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996). Também foram contrários a mudança do abono os senadores Alessabdro Vieira, Álvaro Dias, Eduardo Girão, Flávio Arns, Jorge Kajuru, Katia Abreu, Mara Gabrilli, Reguffe, Rodrigo Cunha e Styvenson Valentim, mas que foram a favor da reforma.