Quem está pagando os advogados de Adélio, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro
Segundo a família de Adélio, ele se tornou missionário há oito anos, o que levantava a hipótese de sua defesa ser financiada pela Igreja. O pastor Antonio Levi, desmentiu a informação de que Adélio tenha frequentado a Igreja do Evangelho Quadrangular de Montes Claros. Mas, segundo o advogado Fernando Magalhães disse que a defesa foi contratada por uma Igreja de Montes Claros, que pediu sigilo.
"Conhecemos a realidade da nossa cidade, que é difícil. Quem aqui teria dinheiro para contratar advogados de um calibre desse?", disse o pastor.
“Estou há 13 anos em Montes Claros e nunca tive notícia dele (Adélio) em alguma igreja nossa".
"Para entrar para a igreja, primeiro a pessoa tem que fazer uma confissão de fé, aceitando Jesus para ser salva. Depois, acontece o batismo", relatou. Segundo ele, também é preciso que o aspirante a missionário passe por um processo seletivo, não possua ficha criminal e tenha “nome limpo no SPC e no Serasa”.
Adélio é defendido por advogados como Zanone, Fernando Magalhães, e e Marcelo Manoel da Costa. Profissionais com esse calibre tem presos exorbitantes. Quem está por traz do financeiro para que eles tomem à frente na defesa de Adélio?
O que dizem os advogados de defesa:
Fernando Magalhães “Uma pessoa que se diz representando uma congregação (os procurou). Não nos cabe percorrer o caminho de provar ser verdadeiro ou não o que declarou. Sabemos que o ataque não teve cunho religioso e sim político, por convicção do cliente e sem interferência de terceiros”.
Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa “Adelio se disse testemunha de Jeová. Não tem cunho da igreja (o pagamento). Foi uma pessoa ligada à religião dele que nos contratou”.
Marcelo Manoel da Costa “O primeiro contato se deu por meio de um parente de Adélio, que fora aluno de Zanone e telefonou para ele. A questão do pagamento será combinada depois”.
Zanone Manuel de Oliveira Júnior "A pessoa falou que tem conhecimento com a família e com o pessoal da igreja e que tinha gente lá conversando se iam ou não fazer uma vaquinha para financiar", disse, em entrevista ao Globo.
Há dois fatos que chamam a atenção. A declaração do pastor. "Para entrar na Igreja, não pode estar com o nome no SPC" e a de um dos advogados: "A questão do pagamento será combinada depois".
Todos sabem que Adélio está desempregado há anos e não tem condições para ter uma defesa neste naipe, quem é o financiador da defesa dele? Um partido político? A Igreja que nega? Eis a questão...
Por outro lado, quem tem o nome no SPC, não pode ser servo de Deus...
Essa é demais...