Guido Mantega se torna réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega se tornou réu ontem em ação penal movida pela força-tarefa de investigadores Lava Jato, denúncia aceita pelo juiz Sérgio Moro.
Mantega é acusado de ter recebido vantagens ilícitas de três ex-diretores da Odebrecht. Essas vantagens, segundo a força-tarefa, foram oferecidas em troca de ajuda na edição de medidas provisórias que favorecessem a empreiteira.
A investigação demonstra um valor de 50 milhões de reais em uma conta da empresa que estava à disposição de Mantega. Parte desse dinheiro teria sido direcionado para Mônica Moura e João Santana, publicitários para serem usados na campanha eleitoral do PT em 2014.
Moro excluiu o ex-ministro Antonio Palocci na denúncia. Para ele, não há provas suficientes de que Palocci tenha participado dos fatos.
“Entendo que, no presente momento, pela narrativa da denúncia e pelas provas nas quais se baseia, carece prova suficiente de autoria em relação a ele. Rejeito, portanto, por falta de justa causa a denúncia contra Antônio Palocci Filho sem prejuízo de retomada se surgirem novas provas. Em decorrência da rejeição, ele poderá, se for o caso, ser ouvido como testemunha”, decidiu Moro.